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SIMULAÇÕES

          No ensino de tópicos como os vinculados à Física Moderna e Contemporânea, o uso de simulações virtuais pode trazer grandes contribuições, considerando que os experimentos reais muitas vezes são inacessíveis dentro do ambiente escolar. Na abordagem de assuntos complexos e difíceis de serem demonstrados, como, por exemplo, o átomo, um acelerador de partículas ou o experimento de Rutherford, o emprego de tais simuladores pode aproximar o aluno desses conceitos, permitindo-lhe ter uma visão mais real a respeito do que a ciência tem feito para a realização das descobertas. Além disso, utilizar recursos tecnológicos para o ensino pode estimular a aprendizagem do aluno, ampliando o seu entusiasmo, visto que a tecnologia faz parte do seu cotidiano.

          Segundo Medeiros (2002), o uso de simulações não se limita a uma animação do fenômeno estudado, mas oferece também ao estudante a possibilidade de visualizar uma série de situações, as quais ele pode verificar e nas quais ele pode interferir de modo interativo. O autor menciona, ainda, que vários pesquisadores têm se ocupado com o desenvolvimento de simuladores que apresentem fenômenos físicos em que o aluno possa trabalhar de maneira autônoma, ampliando a habilidade de raciocinar de forma sistêmica e estruturada.

          No entanto, é necessário destacar que, embora as representações computacionais representem uma maneira interessante de apresentar os fenômenos, e ainda que permitam ao aluno a interatividade com tais simulações, não se deve supor que elas substituirão os experimentos reais. Deve-se considerar que, sendo uma ferramenta, deve ser utilizada de maneira adequada, para que o estudante não construa uma imagem distorcida da realidade, pois uma simulação não é uma cópia fiel do real.

 

REFERÊNCIAS

 

MEDEIROS, A. Possibilidades e limitações das simulações computacionais no ensino da Física. Revista Brasileira de Ensino Física, v. 24, n. 2, p. 77-86, 2002.

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